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Luta contra a SIDA em Angola regista “grande salto” em frente, diz José Van Dunen


Transmissão de mãe para filhos caiu 10 por cento

Angola reduziu substancialmente a incidência de transmissão do vírus do HIV/SIDA de mãe para filho mas ainda não atingiu o objectivo traçado para esse combate, disse o director-geral adjunto do Instituto Nacional de Luta Contra a SIDA.

José Van Dunem que falava à margem do encontro regional para elaboração do plano operacional da Aliança Global para acabar com SIDA em crianças do Kwanza-Sul e Benguela, disse ser intenção dos participantes produzir um documento que venha a detalhar as melhores estratégias para uma intervenção nacional a ser apresentada dia 24 do mês em curso na vizinha República da Zâmbia.

Angola regista avanços na prevenção da transmissão da SIDA de mãe para filhos – 2:47
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Van Dunem admitiu que “as referências não são as melhores” mas acrescentou que com o programa Nascer Livre para Brilhar registou-se um impulso na prevenção da transmissão da doença de mães para filhos.

“A taxa de transmissão que era de 26%, passou para 16”, disse, afirmando que ainda que o “ objectivo do programa era chegar a 14, ainda temos mais dois anos para fazê-lo”.

“Demos um grande salto”, acrescentou recordando que a taxa de 26% era uma das maiores do mundo.

“As coisas estão a correr bem, mas a ONUSIDA surge com um programa e um pedido para fazermos um programa de três anos para reduzir ainda mais de modos a que nós cheguemos aquilo que seria o ideal que é zero transmissão de mãe para filho”, acrescentou.

José Van Dunem disse que o encontro que decorreu no Sumbe teve como objectivo fazer um levantamento da situação em Benguela e Kwanza Sul para “ver quais são as oportunidades e fraquezas”.

O director geral adjunto do Instituto Nacional de Luta Contra a SIDA afirmou que o estigma e a descriminação continuam ainda a retraír muita gente que vive com a doença por acreditarem doutrinas e crenças que não têm sustentação científica.

"Temos problemas sociais, os problemas culturais e até problemas religiosos que interferem naquilo que é o nosso trabalho, portanto, temos aí vendedores de curas milagrosas, temos algumas tradições que impedem que as pessoas adiram ao tratamento, temos o problema sobretudo do estigma e descriminação que é um dos maiores entraves que nós temos em que as pessoas se escondem, não se apresentam”, apontou Van Dunen.

Refira-se que, recentemente, a Rede Angolana das Organizações de Serviços de SIDAe Grandes Endemias (Anaso) estimou que vivam no país mais de 300 mil pessoas seropositivas e lembra que Angola está entre os 25 países com maior número de novas infeções por VIH entre os adolescentes e jovens no mundo.

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