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Luta anticorrupção de João Lourenço é "exemplo para África"


Académicos angolanos concordam que a política anticorrupção seguida pelo governo de João Lourenço é um exemplo para África, mas ao mesmo tempo dizem que há ainda a muito a fazer nesse capítulo.

Os especialistas reagiam a uma declaração do presidente do Afreximbank Benedict Oramah que afirmou que a política anticorrupção de João Lourenço em Angola é um exemplo para África

Esse combate a ser feito em Angola é mesmo um caso de estudo, disse o chefe da instituição financeira AFREXIMBANK, com sede no Cairo Egipto.

O acadêmico João Lukombo Nza Tuzola entende que na dimensão da intenção, o combate à corrupção em Angola pode servir de caso de estudo e exemplo a ser seguido pelos africanos.

Contudo o professor universitário diz que esse combate não perfeito.

"É uma política que mexeu nos intocáveis como nunca tivemos em Angola,” disse.

“Levar altos dirigentes a tribunal era importante começar e João Lourenço começou”, afirmou Tuzola que disse que “a forma pode não ser a mais acertada mas a iniciativa é positiva".

Quem também pensa que a política de combate á corrupção do executivo de João Lourenço é um modelo para África éo especialista em Relações Internacionais Augusto Bafua Bafua que fez no entanto notar que Angola tem uma situação diferente já que “biliões de dólares” passaram por Angola e muitos enriqueceram-se de forma ilícita.

Já Figueiredo Mateus presidente da organização IDD (Instituto de
Desenvolvimento e Democracia) disse que o actual modelo de luta anti-corrupção em Angola não convence porque o poder judicial só actua como autorização do poder político.

"Entao o poder judicial só vai se o poder político disser vai, como é que temos aqui uma luta anticorrupção?” interrogou.

“Há estratégias, há um propósito de combate à corrupção com a finalidade única de se defender as debilidades do partido que governa que estão à
vista de todos”, disse Mateus para quem “o que se quer é salvar o MPLA e não a nação”.

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