O Parlamento moçambicano começou a ouvir nesta sexta-feira, 27, declarantes sobre a existência de valas comuns em Sofala.
Henrique Botequilha, delegado da agência portuguesa Lusa em Moçambique, disse que a informação foi publicada com base em relatos dos camponeses que a agência não conseguiu confirmar no terreno, devido a dificuldades de acesso.
Durante cerca de uma hora, os deputados quiseram saber do representante da Lusa no país todas as informações que possui sobre a alegada vala comum em Canda e que suportou a notícia veiculada no passado dia 28 de Abril, com repercussão mundial.
Grande parte das questões estava relacionada com a proveniência das imagens usadas por alguns órgãos para ilustrar a situação.
Botequilha disse que a sua agência é apenas responsável pelo texto, sendo que alguma imprensa terá usado imagens falsas para ilustrar o cenário das centenas de mortes.
A Lusa, afirmou, apesar das várias tentativas feitas, não conseguiu ter acesso à região suspeita, para confirmar a existência dos corpos, devido ao receio dos guias, por causa da tensão política.
A Primeira Comissão assume que esta situação pode também dificultar o acesso da sua equipa para apurar a situação no terreno.
Neste domingo, a comissão parte para as província de Sofala e Manica, para dar continuidade ao trabalho.