As autoridades sanitárias de Luanda activaram o sistema provincial de alerta para o eventual surgimento de casos de cólera depois das ocorrências de surtos no município do Soyo, na província do Zaire e mais recentemente no município do Cubal na província de Benguela.
Uma das medidas anunciadas é a mobilização da população para a prevenção.
O responsável da SOS Habitat Rafael Morais, chama a atenção para o facto de grande parte da pulação que vive nos musseques não consumir água potável nem ter saneamento básico, factores que, para o activista social, podem levar ao fracasso das medidas anunciadas.
As autoridades sanitárias da capital garantem não haver nenhum caso confirmado de cólera, mas que apenas estão a trabalhar na vigilância epidemiológica, que consiste em acompanhar e rastrear todos os casos de diarreia.
As medidas preventivas anunciadas para a capital angolana envolvem também equipamentos para eventuais casos de cólera, bem como a criação de equipas de emergência e centros de tratamento da doença e a reativação das comissões anteriormente existentes.
No município do Soyo, um surto de cólera afectou desde Dezembro 119 pessoas, tendo resultado em seis óbitos.
Nos últimos dias foi igualmente detectado um outro surto da doença no município do Cubal, na província de Benguela.
A propagação da cólera está associada à deficiência no tratamento de esgotos e da água para consumo humano.