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Lourenço assina vários acordos com instituições dos EUA e pede mais investimento em África


Presidente angolano, João Lourenço, assiste à assinatura de acordos entre Angola e instituições dos Estados Unidos, Dallas, 7 maio 2024
Presidente angolano, João Lourenço, assiste à assinatura de acordos entre Angola e instituições dos Estados Unidos, Dallas, 7 maio 2024

Presidente angolano participa na Cimeira Empresarial Estados Unidos-África, que decorre em Dallas

Os governos dos Estados Unidos da América (EUA) e de Angola assinaram na terça-feira, 7, em Dallas, vários acordos de financiamento, no valor total de 1,3 mil milhões de dólares, para investimentos no Corredor do Lobito.

A assinatura aconteceu à margem da Cimeira Empresarial EUA-África do Conselho Corporativo para a África, que começou decorre até quinta-feira, 9, em Dallas e em cuja sessão de abertura discursou João Lourenço.

Uma nota da presidência angolana afirma que os acordos assinados destinam-se "ao financiamento de três importantes projetos de infraestruturas ligados ao Corredor do Lobito, e visam igualmente investimentos para a energia limpa, conetividade e expansão do sinal de rádio, e infraestruturas de transporte".

João Lourenço, Presidente de Angola (dir) e embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield (cen), Dallas, 7 maio 2024
João Lourenço, Presidente de Angola (dir) e embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield (cen), Dallas, 7 maio 2024

O executivo angolano classifica os projetos de "prioritários" e diz que terão um "impacto direto nas comunidades em Angola, além de proporcionar uma grande oportunidade para a diversificação da economia nacional pelo efeito de contágio às economias da região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC)".

Por seu lado, e ainda segundo a mesma fonte, a presidente do Banco de Exportação e Importação dos EUA, EXIM, Reta-Jo Lewis, "destacou o compromisso da instituição em aumentar os investimentos na África subsaariana, reforçando que esses acordos representam os maiores pacotes de financiamento da PGI apoiados pelos EUA para qualquer país desde o início da iniciativa".

Lourenço pede mais investimentos americanos em África

Entretanto, na abertura da Cimeira Empresarial Estados Unidos-África, o Presidente angolano destacou a importância do investimento privado nos países africanos "que precisam de aumentar e diversificar a produção de bens de consumo e serviços, transformar as matérias-primas e diversificar os produtos de exportação".

"Reconhecemos a importância do investimento público e das parcerias público-privadas em infra-estruturas, para o salto que o continente pretende dar e que já chega com atraso em comparação com outras regiões do nosso planeta", disse Lourenço.

Foto de família, Cimeira Emprsarial Estados Unidos-África, Dallas, Estados Unidos, 7 maio 2024
Foto de família, Cimeira Emprsarial Estados Unidos-África, Dallas, Estados Unidos, 7 maio 2024

Ele destacou ainda "que África conta muito com esta nova parceria com os Estados Unidos da América para o financiamento e construção das infra-estruturas de que necessita para o desenvolvimento".

O presidente angolano afirmou ainda que quando se fala muito da necessidade da gradual transição energética para se salvar o planeta Terra do efeito de estufa e suas já muito visíveis consequências, "gostaríamos de ver o investimento privado direto americano na exploração e transformação, de preferência local, dos minerais críticos abundantes em África, para a produção de baterias para os carros eléctricos, dos painéis solares, dos semicondutores e ships nesta era do crescimento exponencial da inteligência artificial".

No capitulo da segurança alimentar, João Lourenço disse " mundo deve contar e olhar em primeiro lugar para África pela abundância de terras aráveis, abundância de recursos hídricos, abundância de sol e de mão de obra jovem que fácil e rapidamente pode dominar o manejo da maquinaria agrícola moderna e absorver os conhecimentos das mais modernas técnicas de cultivo”.

Quanto à dívida dos países africanos, o Presidente angolano pediu uma atenção das instituições de crédito, "de modo que seja estabelecido algum equilíbrio entre as obrigações perante o credor e os imperativos de execução dos programas de desenvolvimento dos países africanos".

O evento que termina amanhã contam com a participação do Presidente de Cabo Verde, José Maria Neves, mais quatro chefes de Estado e cerca de 1500 membros de Governos, executivos, empresários e representantes de organizações multilaterais.

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