O Presidente João Lourenço deixou esta segunda-feira,1, Luanda com destino a Moscovo, capital da Rússia, onde realiza uma visita oficial até ao dia 4 de Abril.
Dos vários acordos que o estadista angolano prevê assinar com o Governo russo o destaque vai para a vertente militar onde a Rússia manifesta-se disponível em expandir a sua indústria de armamento.
Enquanto o próprio Lourenço admitiu em entrevista à agência de notícias russa TASS na quarta-feira, 27, que gostaria de produzir armas russas em Angola, analistas dizem que o país pode servir de placa giratória para a expansão de Moscovo na região.
O especialista em relações internacionais Augusto Bafua Bafua considera que a Rússia quer fazer de Angola “uma placa giratória na expansão sua indústria de armamento na região”, enquanto Angola quer ter um parceiro privilegiado no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Para o economista José Severino, o investimento russo será benéfico para Angola devendo este país aproveitar a alta tecnologia da indústria metalúrgica e metalo-mecânica pesada da Rússia.
No último encontro entre João Lourenço e Vladimir Putin, realizado na áfrica do Sul, em Julho de 2018, os dois estadistas tinham destacado a necessidade de expandir a cooperação para além das áreas da indústria extractiva
Em Moscovo, João Lourenço terá um encontro com Vladimir Putin e conversações ao mais alto nível entre delegações dos dois países, tendo em vista o reforço e alargamento da cooperação.
Está prevista, também, a ida do Presidente à sede do Parlamento russo, a Duma, bem como ao mítico Teatro Bolshoi.
A agenda inclui igualmente um fórum empresarial para homens de negócios dos dois países.
Destaca-se ainda a cerimónia de condecoração do Presidente Vladimir Putin com a Ordem Agostinho Neto, a ter lugar no Kremlin, na quinta-feira à tarde.