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Lourenço acusa UNITA e seu presidente de se aliarem a corruptos, oposição devolve a acusação


Adalberto Costa Júnior, presidente da UNITA, e João Lourenço, Presidente da República, Angola, 1 Abril 2022
Adalberto Costa Júnior, presidente da UNITA, e João Lourenço, Presidente da República, Angola, 1 Abril 2022

A duas semanas das eleições gerais de 24 de Agosto, os dois principais partidos políticos voltam a trocar mimos.

Nesta quarta-feira, 10, candidato do MPLA a Presidente da Republica João Lourenço acusou, em Malanje, a UNITA e o seu líder, Adalberto Costa Júnior, de terem feito aliança com os corruptos que fugiram do país, com o dinheiro roubado dos cofres do Estado.

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Em reação, a UNITA diz que quem lidera a corrupção em Angola é o próprio Presidente da República e as provas estão no seu próprio gabinete.

Lourenço acusou a UNITA e o seu líder de estarem a ser financiados e “a comer
no prato dos corruptos que fugiram de Angola”, embora sem citar nomes.

O candidato do MPLA lembrou que “quem se alia ao regime do Apartheid sul-africano durante a guerra civil, também se alia aos corruptos que tiraram o dinheiro do país”.

Em reação, o porta-voz da UNITA, Marcial Ndashala, nega que o seu partido
tenha feito qualquer aliança com quem quer que seja e que os únicos que são corruptos pertencem ao partido do candidato João Lourenço.

"A corrupção em Angola é liderada pelo próprio candidato à Presidência pelo MPLA, sob a capa de contratos sem concurso público, quem deve declarar a origem do seu dinheiro é aquele que usa o dinheiro do Estado para a sua própria campanha e há provas dentro do seu próprio gabinete de desvios de fundos, eles é que não declaram o destino dado ao diferencial do preço do petróleo e usam estes dinheiros, para corromper eleitores com motorizadas, viaturas, alimentação às populações", acusa Ndashala.

O porta-voz da UNITA garante que o dinheiro da UNITA está bem justificado, “veio do Orçamento Geral do Estado, das contribuições dos seus membros e outros patriotas que querem alternância de poder em Angola".

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