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Lixo toma conta da capital são-tomense e residentes temem pela sua saúde


Lixo na cidade de São Tomé, ao lado do Mercado do Côco, São Tomé e Príncipe, 28 Outubro 2022
Lixo na cidade de São Tomé, ao lado do Mercado do Côco, São Tomé e Príncipe, 28 Outubro 2022

Presidente da Câmara Municipal de Água Grande diz não ter meios para recolher o lixo e empresa contratada para prestar o serviço recusa-se a fazê-lo por falta de pagamento

Há mais de 30 dias que o lixo não é recolhido em vários pontos da cidade de São Tomé e arredores.

As chuvas que não param de cair nos últimos dias e a falta de esgotos agravam a situação de insalubridade.

O presidente da Câmara Municipal de Água Grande diz não ter meios para recolher o lixo e a empresa contratada para prestar o serviço recusa-se a fazê-lo por falta de pagamento.

Com a cidade, de cerca de dois quilómetros quadrados, a ser invadida pelo lixo, a população não esconde a indignação.

“É muito triste para a nossa sociedade, isto envergonha o nosso país”, diz um comerciante entrevistado pela VOA.

Outro cidadão lamenta a falta de preocupação das autoridaes com a cidade e o desprezo pela população.

Lixo em São Tomé, Escola Atanásio Gomes, 28 Outubro 2022
Lixo em São Tomé, Escola Atanásio Gomes, 28 Outubro 2022

“Aqui na praça Yon-gato, à frente do Gabinete do Primeiro-Ministro está indecente. Cheira mal. Não se deve permitir isto”, critica um jovem estudante.

A chuva que não para de cair nos últimos dias e a falta de esgotos agrava a situação de insalubridade.

“A política deixou de ter o verdadeiro fim que é pensar no povo. As crianças que vão à escola não conseguem caminhar nos passeios devido o lixo. Uma menina foi atropelada há dias ao tentar desviar o lixo. Parece que não há sensibilidade pela causa da população São-tomense. Estamos muito tristes”, lamenta um professor da escola básica Atanásio Gomes.

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O presidente cessante da Câmara de Água Grande, José Maria Fonseca, justifica não ter meios para recolher o lixo e que a empresa contrata para o efeito recusa-se a fazê-lo por falta de pagamento.

“A câmara não tem capacidade de recolha dos grandes contentores. A empresa que foi contratada para prestar o serviço reclama o pagamento em atraso, mas o dinheiro não depende de nós. Estamos à espera que o Governo deposite na nossa conta a verba que deve ser destinada para o efeito”, justificou o Presidente da edilidade que confirma que a recolha do lixo nos grandes contentores deixou de ser feita há mais de um mês.

O Governo ainda não se proncuniou.

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