A cidade de Benguela continua a fazer face a problemas de recolha e tratamento de lixo.
A situação agravou-se com a crise económico-financeira que levaram ao fim das actividades das grandes operadoras, substituídas por microempresas.
No novo modelo de recolha de lixo, ao abrigo do qual o Governo distribuiu meios usados às Administrações Municipais, as chamadas microempresas são protagonistas, contando com uma pequena contribuição monetária das comunidades.
Refira-se que o orçamento para o saneamento básico baixou de 2,5 mil milhões de Kwanzas para 500 milhões de Kwanzas.
Um das dificuldades é a falta de um aterro sanitário algo que o governador em exercício Leopoldo Muhongo disse que será resolvido em breve.
Muhongo disse que‘’não basta recolher, não basta educar, porque se o lixo vai existir deve ser tratado”.
“Por isso, queremos anunciar que temos estado a trabalhar com os departamentos ministeriais correspondentes para que tenhamos, pelo menos, dois aterros sanitários’’, disse.
O consultor social João Misselo da Silva director executivo da OHI, Organização Humanitária Internacional. criticou o que chamou de falta de políticas públicas consistentes, numa reacção à campanha lançada pelo Governo Provincial.
‘’Essas campanhas, na minha opinião, são paliativas, elas não seguem uma estratégia que assegure a participação qualitativa do sector privado, da sociedade civil e, sobretudo, das famílias que andam receosas”, disse.
“A estratégia seria por via de fundos públicos para essa resposta aos problemas de saneamento básico e, naturalmente, com aterro sanitário, como já se falou, seria um impulso ao desenvolvimento sustentável”, acrescentou afirmando ainda que “a partir dos resíduos teríamos material orgânico para a construção civil, indústria e agricultura’’.