“Fuga à Paternidade e à Maternidade em África do Berço Negro” é o título da mais recente obra literária apresentada na quarta-feira, 4, no Lubango pela psicóloga Maria da Encarnação Pimenta.
O livro com 249 páginas é a forma que a autora encontrou para chamar a atenção de quem de direito do perigo que representa a fuga à paternidade e à maternidade, um problema sério, que segundo Maria da Encarnação Pimenta, é transversal ao continente africano e pede que os governos façam alguma coisa.
“Se há esta fuga à paternidade e agora com grande monta para as mulheres onde é que estão os governos? O que é que os governos africanos estão a fazer? Têm de fazer alguma coisa porque isto até deve ser vista e analisada como uma situação de Estado, porquanto a fuga à paternidade tem consequências gravíssimas no desenvolvimento da estrutura da personalidade no desenvolvimento do próprio país no aumento da delinquência no aumento de todas as coisas negativas e nefastas”, defendeu Pimenta.
A também docente na Universidade Católica de Angola entende por isso que o combate ao fenómeno da fuga à paternidade e à maternidade deve envolver a todos sobretudo os governos através de parcerias com alertas em particular aos mais jovens.
“Parcerias são no sentido de o Estado criar mecanismos, criar activistas sociais que andem de porta em porta a chamar a atenção para a necessidade de cuidar da criança, falar-se com os jovens por causa da gravidez precoce para não abandonarem as crianças, as consequências da própria gravidez. Também os tribunais tê de aplicar na prática aquilo que a lei prevê em relação a fuga à paternidade”, apontou Maria da Encarnação Pimenta,autora de obras como “A delinquência em Angola” e “Amantes concubinas ou esposas”.