Líderes da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) estão reunidos na 35ª cimeira em Gaberone, sede desta organização económica regional e capital do Botswana.
A cimeira é dominada por assuntos de desenvolvimento de infra-estruturas, sobretudo de fornecimento de água e energia eléctrica aos cerca de 230 milhões de habitantes da região.
A SADC precisa de 500 mil milhões de dólares nos próximos cinco anos para o desenvolvimento de infra-estruturas, contra o orçamento anual de apenas 80 milhões de dólares.
A África do Sul, coração económico-industrial da região e do continente, enfrenta uma grave crise de energia eléctrica por falta de infra-estruturas de geração da corrente eléctrica, o mesmo acontecendo com Moçambique, considerado o maior detentor de recursos hidro-energéticos.
O ministro moçambicano dos Recursos Minerais e Energia, Pedro Couto, diz que o seu país já não tem energia de reserva para vender aos seus vizinhos.
Moçambique fornece energia eléctrica ao Zimbabwe e África do Sul, enquanto o instável reino montanhoso do Lesotho fornece água à poderosa África do Sul.
A seca que assola a região, ameaça fechar as torneiras de fornecimento do precioso liquido.
Perante o cenário, os líderes dos 14 países da SADC procuram soluções para inverter a escassez de infra-estruturas de geração de electricidade e de fornecimento de água e a dependência externa de financiamento dos projectos da organização económica regional.
No decurso da cimeira, o idoso presidente Robert Mugabe entregará a presidência rotativa da SADC ao jovem líder do Botswana, seu grande e único critico na região.