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Líder religioso preso com 17 crianças em casa em Moçambique


Moçambique Polícia de intervenção rápida Quelimane
Moçambique Polícia de intervenção rápida Quelimane

Polícia chegou ao local depois de denúncias de familiares das crianças

A Polícia da República de Moçambique (PRM) deteve na quinta-feira, 22, um suposto líder religioso de uma seita, por ter mantido um grupo de 17 crianças em cativeiro num Bairro de Chimoio, a capital da província moçambicana de Manica.

“As crianças eram mantidas em cativeiro desde Novembro de 2017, na residência do pastor" disse à VOA Mateus Mindu, oficial de imprensa do comando provincial da PRM, acrescentando que "diligências policiais feitas após a denúncia dos pais encontraram as crianças".

As crianças ficavam no cativeiro de forma alternada para não levantar suspeitas entre os progenitores, que denunciaram o desaparecimento dos filhos.

Segundo Mateus Mindu, várias crianças “estão possuídas porque eram usadas em rituais, supostamente religiosos”.

As crianças, todas do sexo masculino, têm entre nove e 16 anos e a polícia está a tratar do seu retorno às famílias.

Em declarações à imprensa numa esquadra de Chimoio, o suposto líder religioso referiu que formou uma igreja por sua iniciativa e com cultos ainda sem denominação, mas dedicava a orações em casa dele ou em montanhas próximas.

“Nunca as proibi de irem para as suas casas”, acrescentou.

A polícia interveio depois de receber denúncias sobre “um suposto pastor de uma igreja desconhecida que recrutava crianças para sua casa”, concluiu Mateus Mindu.

O suposto líder religioso continua preso.

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