Ter um curso universitário em Angola não é garantia de emprego.
Sendo o estado ainda o maior empregador no país, muitos que terminam cursos universitários dedicam-se a actividades fora da sua área de estudo, das quais o serviço de taxista ou mototaxista, empregado de balcão, mecânico e outras .
A universidade Rainha Nginga Mbandi em Malanje graduou este ano 372 licenciados nos diferentes cursos e o governador provincial local, Marcos Nhunga, reconheceu que o desemprego é um dos maiores constrangimentos para os jovens.
“Reconhecemos que são ainda muito poucas essas vagas, tendo em conta o número de jovens e cidadãos da nossa província que procura por uma oportunidade de emprego”, disse o governador.
“O maior empregador, infelizmente continua a ser o Estado, temos que inverter esse quadro com a criação de condições para mais investimentos privados à nível da nossa província”, acrescentou
Em Malanje, jovens licenciados ouvidos pela Voz da América disseram que situaçao é dramatica.
João Mendes, 27 anos, formando em ciências da saúde quer políticas concretas para a juventude, afirmando que o país vai “passar por um caos” se a situação permanecer como está.
Helena Kiaza, 30 anos, é outra licenciada, igualmente desempregada que convida os demais a criar empregos próprios.
Kiaza disse que “o Estado não vai conseguir dar sustentabilidade a todo o mundo” pelo que o governo deve apostar em incetivar o setor privado, mas mostrou se pessimista.
“Como não temos empresas e investidores estrangeiros a apostarem no nosso país, de certeza que a coisa não vai fluir tanto quanto as pessoas almejavam”, afirmou.
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