Os 16 activistas libertados nesta quarta-feira, 29, em Luanda, pelo Tribunal Supremo de Angola, com o Termo de Identidade e Residência, manifestaram o seu contentamento à saída do Hospital-Prisão de São Paulo, onde foram recebidos por familiares, amigos e activistas.
Enquanto aguardam pelo recurso à sentença do Tribunal Provincial de Luanda, que os condenou a penas de prisão pelos crimes de rebelião, tentativa de golpe de Estado e associação de malfeitores, os activistas reiteram os “valores pelos quais” têm lutado, como disse à VOA Nuno Dala, para quem “Angola é de todos”.
O activista Albano Bingo Bingo garantiu que eles continuam fortes e dispostos a continuar a defender a sua causa.
Para Bingo Bingo “a libertação não é uma oferta”.
Por sua vez, Nélson Dibango considera que a decisão foi mais política do que apenas jurídica.
Luís Nascimento, um dos advogados de defesa afirmou quea decisão “peca por tardia” e estranha que o Tribunal Supremo tenha dito que o pedido de habeas corpus foi entregue a 24 de Junho, o que não é verdade.
Refira-se que o activista Nito Alves só sairá em liberdade a 8 de Agosto, em virtude de estar a cumprir uma outra pena de seis meses de idade por inguúria.
O Tribunal Supremo tem um prazo de até dois anos para julgar o recurso interposto pelos advogados da defesa contra a decisão tomada pelo Tribunal Provincial de Luanda a 28 de Março.
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