À semelhança do que tem acontecido noutros países, a liberalização da venda e consumo de cannabis ou marijuana começa a provocar algum debate em Angola.
O tema ainda não está na agenda informativa ou política, nomeadamente no Parlamento, mas há quem defenda a sua liberalização, enquanto outros avisam para eventuais perigos.
Fabrício Francisco, que defende a liberalização da marijuana, afirma não entender como se pode liberalizar o uso das bebidas alcoólicas que têm consequências mais nefastas para o consumidor, enquanto a liamba continua a ser proibida.
“Vou dar um exemplo, quando vemos acidentes de viação, violência contra a mulher, sempre se vê depois que os acusados estavam bêbados, no entanto proíbem o uso de canábis e liberalizam a cerveja”, aponta Francisco.
Posição diferente tem o psicólogo clínico, Ludy Lima, que alerta para as consequências do consumo da marijuana, como a destruição do pensamento coerente do indivíduo e a mudança de comportamentos.
Ele adverte ainda que, em casos extremos, “as pessoas podem chegar à loucura”.
Posse da liamba é tipificada na legislação angolana como crime.
Sendo assim, para o jurista e presidente das Mãos Livres a sua liberalização só será possível depois de um debate profundo dos parlamentares em torno da matéria porque qualquer alteração tem de ser transformada em lei.
“É importante que haja debates sobre estes assuntos porque para haver mudança deve passar pela alteração da lei”, explicou.
Debates semelhantes têm tido lugar em vários países com posições as mais variadas.