A nova lei da aministia recentemente aprovada pelo Governo angolano pode não visar directamente o perdão dos 17 jovens activistas actualmente sob termo de identidade e residência.
Os advogados de defesa Salvador Freire e Luís de Nascimento acreditam que o novo diploma deverá amnistiar mais os crimes de corrupção e outros de natureza económica envolvendo altas figuras ligadas ao partido no poder ou do Governo do que crimes políticos.
Salvador Freire, que também preside a Associação Mãos Livres, entende que, em vésperas de eleições, o Governo pretende aprovar a nova lei da amnistia para tentar limpar a sua imagem diante dos eleitores e que muito dificilmente os 17 jovens serão abrangidos no perdão.
Por sua vez, Luís de Nascimento, outro advogado de defesa dos activistas, diz não acreditar que os seus constituintes venham a beneficiar da futura lei da aministia apesar da celeridade com que o documento está a ser preparado e dos novos desenvolvimentso à volta do processo-crime em que os revús estão envolvidos.
Além disso, Nascimento afirma o caso dos 17 não pode ser abrangido no novo diploma porque ainda não está concluído.
Recorde-se que os advogados recorreram ao Tribunal Supremo contra a sentença decretada pelo Tribunal Provincial de Luanda, que condenou os 17 activistas a penas de prisão de dois anos e três meses a oito anos e seis meses.