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Legislatura moçambicana arranca com expetativas de ser "plataforma da paz"


Margarida Adamugy Talapa, presidente da Assembleia da República de Moçambique, em Maputo, 13 de janeiro de 2025
Margarida Adamugy Talapa, presidente da Assembleia da República de Moçambique, em Maputo, 13 de janeiro de 2025

Deputados da Renamo e do MDM que não tomaram posse têm 29 dias para o fazerem ou o serão substituídos pelos seus suplentes

Apesar da legislatura 2025-2030 em Moçambique arrancar no meio de uma das maiores crise pós- eleitorais da democracia no país, analistas políticos esperam que o novo Parlamento seja uma plataforma para sarar as feridas e responder aos desafios e demandas expostas durante a fase dos protestos em curso no país.

Depois de ver cair por terra todas as reivindicações para o que classificava como verdade eleitoral, o Podemos, partido que apoiou Venâncio Mondlane na eleição presidencial, agiu na contramão do resto da oposição e assumiu os assentos, mesmo perante várias vozes que ao nível da sociedade esperava outro comportamento.

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"Estivemos a lutar para não reconhecer os resultados, com grandes protestos nacionais, mas os resultados foram validados e conformamo-nos com a ordem constitucional. Por isso escolhemos estar aqui. Se o meu partido não tomasse posse hoje, não tomava para sempre”, justificou o líder do partido, Albino Forquilha.

Com Venâncio Mondlane ainda a jogar as suas cartadas para inverter o xadrez político, anteveem-se que muita coisa ainda possa acontecer, até mesmo para influenciar a postura da Assembleia da República.

Deputados moçambicanos tomaram posse com boicote da Renamo e do MDM
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“Esperamos que seja um Parlamento mais interventivo e, apesar de haver uma maioria significativa do partido Frelimo, acredito que haverá condições para que haja um maior diálogo com a sociedade e se sare as feridas e se pacifique a nação", disse o analista polítco Anastácio Chembeze.

A dois dias de se tornar o novo Presidente da República, Daniel Chapo espera um Parlamento focado nos desafios do país e que venha contribuir para a pacificação e estabilidade nacional.

“Espero um debate honesto e franco ao nível deste órgão porque é isto que vai permitir que aprovemos leis que representam a vontade de todos os moçambicanos, do Rovuma ao Maputo, porque achamos que isso é muito importante", afirmou Daniel Chapo.

Nesta segunda-feira, 13, apenas os deputados eleitos pela Frelimo e Podemos na sessão que foi boicotada pelos eleitos da Renamo e do MDM, que têm agora mais 29 dias para tomarem posse, sob o risco de perderem os mandatos e serem substituídos pelos respetivos suplentes.

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