O antigo primeiro-ministro e advogado Marcolino Moco fala num legado positivo de luta pela integridade territorial de Angola e negativo pela corrupção e manutenção no poder por parte de José Eduardo dos Santos.
“Os líderes políticos quanto mais têm êxito num determinada etapa, depois se embrulham em erros, principalmente quando decidem ficar muito tempo no poder”, afirma Moco para resumir os 38 anos de mandato de Santos.
Depois de ter sido considerado de “arquitecto da paz”, em que protegeu a integridade de Angola frente à África do Sul, Marcolino Moco diz que os últimos 15 anos de José Eduardo dos Santos são um “autêntico desastre”.
“Deixa-nos uma Angola que, felizmente, com a queda do preço do petróleo, demostra a ilusão criada com dois princípios traçados pelo Presidente depois do desaparecimento de Jonas Savimbi: manter o poder a todo o preço e enriquecer a minoria familiar e um pouco mais”, diz Marcolino Moco que descreve um cenário de “desastre total” no país.
Ouça a opinião de Marcolino Moco: