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Líderes religiosos guineenses debatem radicalismo e extremismo violento na África Ocidental


Líderes religiosos debatem extremismo religioso no país, Bissau, Guiné-Bissau, 30 Novembro 2022
Líderes religiosos debatem extremismo religioso no país, Bissau, Guiné-Bissau, 30 Novembro 2022

Teólogo e pastor guineense, Buam Sambé diz que o que os líderes religiosos devem ensinar para ajudar na prevenção do radicalismo e extremismo violento no país

Líderes das diferentes religiões na Guiné-Bissau manifestaram a sua preocupação com o radicalismo e o extermismo violento na África Ocidental, em particular.

Nesta quarta-feira, cerca de 50 líderes, entre os quais imames, padres e pastores, começaram a discutir e analisar, entre outras temáticas, a dimensão e as consequências do radicalismo e do extremismo violento.

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Bubacar Turé, coordenador do projecto Observatório da Paz, disse que são líderes de "instituições poderosas com raízes profundas na nossa sociedade, cujas influências são enormes em qualquer processo, por isso, entendemos que uma aliança das confissões religiosas a favor da paz e prevenção do radicalismo e extremismo violento, é um passo crucial para o reforço da coesão nacional".

Turé acrescentou que "face a progressão espantosa do radicalismo e extremismo violento no mundo e na África Ocidental, em particular, é necessário estabelecer pontes do diálogo inter-religioso para não só para travar os sinais já existentes na nossa sociedade, mas [também] desconstruir discursos do ódio e de narrativas que são capazes de incentivar e alimentar estes fenómenos nefastos para qualquer país".


Em conversa com a VOA, o teólogo e pastor Buam Sambé mostra o que os líderes religiosos devem ensinar para ajudar na prevenção do radicalismo e extremismo violento no país.

"Todos os líderes religiosos devem ensinar aos seus fiéis o caminho de amor, que se encontra acima de todos os outros caminhos. Aliás, quem pratica violência, o ódio ou quem não respeita os outros porque têm uma orientação religiosa diferente não serve a Deus", acrescenta aquele teólogo que entende ainda que "ao Estado cabe o papel de criar mecanismos para garantir o exercício pacífico do direito religioso, visando acautelar o extremismo violento no país"

Durante dois dias, os líderes religiosos vão debater boas práticas de diálogo inter-religioso na óptica da prevenção e a importância da adopção de estratégias conjuntas e de uma agenda comum para a paz, com o objectivo de fazer face às ameaças do fenómeno do extremismo violento na Guiné-Bissau.

A iniciativa é do Observatório da Paz, um projecto que está a ser implementado pela Liga Guineense dos Direitos Humanos e o Instituto Marquês de Valle Flôr.

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