Os líderes dos principais países industrializados estão em França, para a reunião anual do G-7, onde a tensão tem aumentado durante todo o fim-de-semana.
Ainda antes da reunião ter começado, o Presidente americano, Donald Trump, ameaçou impor tarifas sobre o vinho francês, uma das indústrias mais importantes do país anfitrião.
Por outro lado, há também a discussão sobre as alterações climáticas, um tema que não encontra consenso entre os líderes e o ainda como lidar com a China e com o Irão. Em cima da mesa os líderes tinham também a proposta de Trump de trazer a Rússia de volta ao grupo (a Rússia foi removida depois da anexação da Crimeia em 2014) e o impasse do acordo comercial do Reino Unido com a União Europeia em resultado do Brexit.
Com estas divisões profundas, o consenso parece improvável. Depois da primeira sessão deste domingo, 25 de Agosto, os líderes não conseguiram chegar a acordo no que toca à readmissão da Rússia ao grupo em 2020.
Depois da primeira sessão de trabalhos sobre economia global, política internacional e segurança, o governo francês anunciou que os líderes do G-7 concordaram que o Presidente francês, Emmanuel Macron, deve enviar uma mensagem ao Irão e ter conversações com autoridades iranianas.
Não foram avançados detalhes sobre a mensagem e Donald Trump disse não ter discutido nem a mensagem nem as conversações com o Irão.
Falta de consenso
Donald Tusk, president do Conselho Europeu reconheceu que "tem sido muito difícil encontrar uma linguagem comum”.
O Presidente Emmanuel Macron já havia declarado que não vai haver um comunicado conjunto do grupo no fim da cimeira, dando como uma das razões desacordos entre Trump e outros líders em temas centrais.
Esta é a primeira vez na história do G-7 que a cimeira vai terminar sem um comunicado.
A cimeira marca o primeiro encontro entre Trump e o primeiro-ministro britânico Boris Johnson desde que Johnson tomou o poder depois da sua antecessora Theresa May não ter conseguido fechar um acordo comercial sobre o Brexit.
Os membros do G-7 são o Canadá, a França, a Alemanha, a Itália, o Japão, o Reino Unido e os Estado Unidos.