A ministra do Comércio, Indústria, Turismo e Cultura do arquipélago, Maria Graça Lavres, esteve na ilha do Príncipe, em missão oficial e diz que lhe foi negada um pedido de audiência com o novo presidente do governo regional, Filipe Nascimento.
“Pensei que podíamos ter uma conversa informal com ele, mas para o meu espanto fui informada pelo seu diretor de gabinete que tinha que fazer o pedido de audiência por escrito,” diz Graça Lavres. “Pensei que ele fosse uma pessoa inteligente, mas enganei-me”.
Por seu lado, a União para Mudança e Progresso do Príncipe (UMPP) acusa Maria Graça Lavres, de tentar criar um clima de mau relacionamento entre o Governo Central e o Governo Regional.
O secretário executivo do Movimento Político que governa a ilha do Príncipe, António Machava, considera que a posição do presidente do Governo regional não poderia ser outra “face ao caráter informal do pedido de audiência feito pela Ministra do Comercio, Indústria, Turismo e Cultura”.
“Entendemos que as relações entre os poderes se fazem de forma institucional e formal. Um encontro entre uma ministra da República e o Presidente do Governo regional não pode ser tratado como uma conversa de café”, disse Machava.
As divergências entre Graça Lavres, ministra natural da ilha do Príncipe e o Governo Regional já vêm desde a presidência de Tó Zé Cassandra.