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Líder da autoproclamada Junta Militar da Renamo denuncia ataques a seus apoiantes


Mariano Nhongo
Mariano Nhongo

O líder da autoproclamada Junta Militar da Renamo, Mariano Nhongo, denunciou nesta segunda-feira, 16, uma nova onda de perseguição, rapto e assassinato de apoiantes do seu grupo em três distritos da província moçambicana de Tete, provocando uma vaga de deslocados para Zâmbia.

Em declarações à VOA, Mariano Nhongo, disse que vários apoiantes nos distritos de Zumbo, Maravia e Chifunde, a norte da província de Tete, estão a ser perseguidos e assassinados por elementos das forças estatais, supostamente por favorecerem o grupo na criação de novas bases militares na região.

Na sexta-feira, 13, contou Mariano Nhongo, um antigo delegado da Renamo em Zumbo foi executado, por supostamente ter dado suporte financeiro a um grupo de militares da autoproclamada Junta Militar que se deslocou ao distrito.

Ainda na semana passada, uma aldeia de Maravia ficou com dezenas de palhotas incendiadas, alegadamente por a população local estar a abrigar antigos guerrilheiros da Renamo, que apoiam a autoproclamada Junta Militar, forçando a fuga para a Zâmbia.

“Em Zumbo, Maravia e Chifunde, muitos membros da Renamo já estão na Zâmbia a fugir da matança (nos seus distritos)”, disse Nhongo, apelando as autoridades governamentais locais a abandonar as “atrocidades” contra os seus membros.

Segundo Mariano Nhongo, um grupo de esquadrões de morte foi reativado nos três distritos para perseguir os apoiantes da autoproclamada Juntar Militar da Renamo.

“Eu apelo os administradores de Zumbo, da Maravia e de Chifunde a abandonar estes actos. Não podem convidar a guerra para os vossos distritos” afirmou Mariano Nhongo, alertando que vai retaliar as “atrocidades” contra os seus membros casos os “ataques” continuem.

Em finais de 2029, a autoproclamada Junta Militar da Renamo, que tem desde Julho uma direção paralela ao maior partido da oposição, denunciou o sequestro e morte de vários membros nas províncias de Manica, Sofala e Tete, onde mantém o maior número de guerrilheiros que apoiam o movimento

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