Dezenas de famílias continuam sem abrigo na província do Kwanza Sul, devido às cheias do rio Longa, que cortou também as comunicações rodoviárias com a capitale e outros pontos do país.
Em Hogíwa, em Porto-Amboim, famílias tiveram que encontrar abrigo num dos pontos mais altos da localidade. E no municipio do Cacolo, pelo menos 90 casas foram destruídas, afetando cerca de 500 pessoas.
Alguns chefes de família conseguiram recuperar parte de algumas chapas das casas inundadas para formar abrigos improvisados, a fim de protegerem as suas famílias.
Um dos aldeões disse que teve que fazer um abrigo “com o bate-chapa”. “As crianças estão vivas aqui então estamos à espera que o governo nos apoie”, disse.
Muitos disseram que a ajuda do governo não chegou para todos e que o grande e mais grave problema reside na falta de alimentos e de água potável. “As tais chapas que deram aos outros nós não abrangemos”, contou um dos aldeões.
O drama das cheias do rio Longa não efetou apenas populares residentes em Hogíwa.
Tem efeitos negativos também na transitabilidade na estrada nacional nº 100 que liga Luanda às províncias do Kwanza-Sul, por Porto-Amboim e Sumbe, Benguela por Lobito, Catumbela, Benguela e Chongorói e Huíla por Quilengues, Cacula e Lubango, respectivamente.
Os produtos vindos de Luanda e vice-versa encontram-se retidos neste troço e os preços dos produtos nos mercados já começam pesar nos bolsos dos consumidores.
Com cerca de dois metros de altura, a água inundou totalmente a estrada num percurso de mais de quatro quilómetros e graças às barreiras laterais colocadas não ocorreram acidentes. já que a estrada encontra-se degradada e invisível.
Os camionistas acreditam que se a situação se mantiver com as enxurradas que se fazem sentir um pouco por todo país, a situação poderá deteriorar-se.
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