A província angolana de Kwanza Sul, à semelhança das demais do país, viu disparar os preços dos produtos alimentares, aumentando também o custo de vida das populações.
As autoridades tentam contornar a crise com recurso a projectos agrícolas com base familiar, mas os cidadãos dizem que a situação está muito complicada.
Duas senhoras que pediram o anonimato disseram à VOA que “sobrevive-se apenas e não se vive”.
A cesta básica a partir de agora ficou mais cara.
Uma lata de leite em pó custa seis mil kwanzas contra os 2.400 anteriores, enquanto o saco de arroz de 50 quilos está entre oito mil e nove mil kwanzas e o saco de 50 quilos de farinha de trigo custa entre oito mil e nove mil kwanzas.
Na tentativa de contornar a crise, as autoridades municipais vão ensaiando novos métodos.
No Seles, por exemplo, a aposta no campo é a solução, uma vez que as terras são férteis.
“Na Catanda há um potencial agrícola a nível do município. Também temos a Caíndja, Amboiva e tantos outros espaços. Temos 10.344 famílias e todo mundo está engajado em sementeiras e algumas já em sachas a nível do município”, exemplificou o chefe de Secção da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Claudeth Gregório.