A governadora do Estado de Dakota do Sul, Kristi Noem, escolhida por Donald Trump para liderar o Departamento de Segurança Interna (DSI) está a ser interrogada nesta sexta-feira, 17, na audiência de confirmação, no Senado, em que vai expor a sua visão para o setor que tem a missão de liderar com as fronteiras.
O DSI é apontado por Trump como fundamental na sua política de reforço das fronteiras e deportações em massa de imigrantes.
Entre as várias agências de imigração e de fronteiras que Noem deverá supervisionar estão a Alfândega e Proteção de Fronteiras, o Serviço de Imigração e Alfândega e o Serviço de Cidadania e Imigração.
O departamento é também responsável por garantir o transporte aéreo, proteger altos dignitários, responder a catástrofes naturais e muito mais.
Caso for aprovada pelo Senado, como se espera, Noem assume um cargo considerado uma panela de pressão na primeira aAdministração Trump.
Seis pessoas passaram pelo cargo de secretário da Segurança Interna durante os quatro anos de mandato.
Até ao momento, ela parece ter um forte apoio dos senadores republicanos, que serão cruciais para a sua confirmação.
O senador Rand Paul, republicano e presidente da Comissão de Segurança Interna do Senado, disse esperar uma audiência tranquila.
"Não tenho conhecimento de nenhuma queixa específica dos democratas sobre Kristi Noem, acho que há uma hipótese razoável de ela conseguir algum apoio democrata", admitiu Paul.
Ainda assim, os democratas provavelmente questionarão se ela está qualificada para liderar um departamento que é crucial para a segurança do país.
O senador Richard Blumenthal, democrata do Estado de Connecticut disse ter "sérias dúvidas" sobre a capacidade dela para gerir "esta enorme organização de consequências tão graves para a segurança nacional".
Nos últimos anos, Noem tornou-se uma presença regular nos círculos de Trump e chegou a ser considerada par a vice-presidência.
Depois de se tornar governadora, Noem começou a trabalhar de perto com Corey Lewandowski, o gestor de campanha de Trump em 2016.
Durante a pandemia, ganhou destaque nos círculos conservadores por resistir à maioria das regulamentações governamentais para abrandar a propagação de infeções.
A governador repetiu o discurso duro de Trump sobre a imigração.
"Agora, a situação na nossa fronteira sul não é nada menos do que uma invasão. E nos últimos quatro anos, a segurança da fronteira americana foi propositadamente enfraquecida e ignorada. As nossas leis não foram aplicadas", disse Noem durante o seu discurso sobre o Estado de Dakota do Sul, nesta terça-feira, 14.
Noem juntou-se a outros governadores republicanos que enviaram tropas para o Texas para ajudar na Operação Estrela Solitária, que procurava desencorajar os migrantes.
A decisão foi criticada pela oposição porque Noem cobriu a maior parte dos custos de implantação com uma doação de um milhão de dólares de um bilionário do Tennessee que doa frequentemente aos republicanos.
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