Centanas de milhares de residentes das zonas costeiras do Quénia estão a ser desalojados das suas terras ancestrais, com a subida do preço das terras cada vez mais procuradas pelos ricos.
Algumas dessas pessoas estão a optar pela violência, por causa de frustrações.
O retrato é de Goodluck Washe um activista comunitário.
“Havia aqui uma grande vila chamada de Jeuri. Agora Jeuri já não existe porque todos os seus residentes foram desalojados e foram viver a Kikambala. Todas as aldeias foram arrasadas e as terras tornaram-se em propriedade privada.”
Agora a aldeia mais próxima de Maweni está para ter o mesmo destino. Felix Karisa tem 35 anos e foi lá onde viveu toda a sua vida.
“Existem cerca de 500 famílias na aldeia. Há muito tempo que ela existe nesse local.”
Em Outubro, a aldeia de Maweni foi alvo uma notificação de despejo por parte de uma somali que apresentou o título de propriedade.
Tal como a maioria dos residentes das orlas costeiras, os habitantes dessas aldeias nunca possuíram títulos de terra. Apenas nasceram e cresceram ali. Karisa pode assim perder a casa que construiu com o apoio de sua família.
“Estamos a viver em pânico, temos medo. Se esta casa for deitada abaixo hoje, iria sentir-me melhor se me matassem. Porque não tenho onde levar os meus filhos.”
É uma história comum. Ninguém sabe o número exacto de pessoas desalojadas até ao momento. Mas ainda este mês, um jornal local reportou que 120 mil residentes das aldeias tinham sido declarados como sem-abrigos e deviam instalar-se nas terras ao sul de Mombasa.
Algumas pessoas estão a tentar contrariar os despejos recorrendo aos tribunais. Outros até foram mais longe que isso. O Conselho Republicano de Mombasa (MRC) é um movimento local que cristaliza as frustrações da população local e está apelar para a secessão. O MRC assume-se como pacífico, mas os seus membros foram recentemente acusados de atacar responsáveis eleitorais e de incitar a violência.
O tesoureiro do MRC, Omar Bambam diz que o objectivo do movimento destina-se a chamar a atenção para a situação difícil das habitantes das zonas costeiras.
Enquanto isso, Mombasa tem sido recentemente abalada por uma série de ataques a granada e tumultos, alguns ligados ao grupo terrorista somali al-Shabab.
Goodluck Washe diz que os objectivos da al-Shabab não são os mesmos que os das populações da orla costeira, mas o problema dos desalojados tem permitido ao grupo terrorista de se infiltrar nas comunidades locais.
Algumas dessas pessoas estão a optar pela violência, por causa de frustrações.
O retrato é de Goodluck Washe um activista comunitário.
“Havia aqui uma grande vila chamada de Jeuri. Agora Jeuri já não existe porque todos os seus residentes foram desalojados e foram viver a Kikambala. Todas as aldeias foram arrasadas e as terras tornaram-se em propriedade privada.”
Agora a aldeia mais próxima de Maweni está para ter o mesmo destino. Felix Karisa tem 35 anos e foi lá onde viveu toda a sua vida.
“Existem cerca de 500 famílias na aldeia. Há muito tempo que ela existe nesse local.”
Em Outubro, a aldeia de Maweni foi alvo uma notificação de despejo por parte de uma somali que apresentou o título de propriedade.
Tal como a maioria dos residentes das orlas costeiras, os habitantes dessas aldeias nunca possuíram títulos de terra. Apenas nasceram e cresceram ali. Karisa pode assim perder a casa que construiu com o apoio de sua família.
“Estamos a viver em pânico, temos medo. Se esta casa for deitada abaixo hoje, iria sentir-me melhor se me matassem. Porque não tenho onde levar os meus filhos.”
É uma história comum. Ninguém sabe o número exacto de pessoas desalojadas até ao momento. Mas ainda este mês, um jornal local reportou que 120 mil residentes das aldeias tinham sido declarados como sem-abrigos e deviam instalar-se nas terras ao sul de Mombasa.
Algumas pessoas estão a tentar contrariar os despejos recorrendo aos tribunais. Outros até foram mais longe que isso. O Conselho Republicano de Mombasa (MRC) é um movimento local que cristaliza as frustrações da população local e está apelar para a secessão. O MRC assume-se como pacífico, mas os seus membros foram recentemente acusados de atacar responsáveis eleitorais e de incitar a violência.
O tesoureiro do MRC, Omar Bambam diz que o objectivo do movimento destina-se a chamar a atenção para a situação difícil das habitantes das zonas costeiras.
Enquanto isso, Mombasa tem sido recentemente abalada por uma série de ataques a granada e tumultos, alguns ligados ao grupo terrorista somali al-Shabab.
Goodluck Washe diz que os objectivos da al-Shabab não são os mesmos que os das populações da orla costeira, mas o problema dos desalojados tem permitido ao grupo terrorista de se infiltrar nas comunidades locais.