Kali Saboi é o que chama de empreendedor nato. Quando estava a estudar Ciência de Computação deparou-se com a dificuldade de pagar o curso e como a necessidade aguça o engenho ele dedicou-se a trabalhar em várias funções para ganhar dinheiro.
Foi ao trabalhar como paramédico numa empresa de desminagem no Moxico que percebeu que tinha uma paixão por criar soluções: "Os sapadores ao desminar, se pudesse haver uma forma de eles verem a terra, ver o que está enterrado, ficaria mais fácil", cogitou consigo mesmo.
Com questões como essa tomou a iniciativa de aprender programação e esse foi também o pontapé de saída para a criação da sua start-up Kujo Tech, com o apoio da Founder Institute.
O angolano de 31 anos, natural do Moxico, estudou na Zâmbia e na Namíbia e este ano foi um dos selecionados pelo programa Young African Leaders Initiave (YALI) para participar na edição 2024 nos Estados Unidos. Ele foi também um dos poucos que, após o programa de seis semanas, beneficiou de um estágio também nos Estados Unidos.
Com a Kujo Tech, ele quer ajudar crianças e jovens a desenvolverem competências tecnológicas que lhes sirvam de alicerces para soluções para os problemas do dia-a-dia e assim reduzir o "atraso" tecnológico na sua comunidade.
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