Procuradores da República de 11 países nos quais operou a brasileira Odebrecht fizeram um acordo para estabelecer “a mais ampla, rápida e eficaz cooperação em torno do caso de corrupção da construtora brasileira”.
A descoberta dos actos ilícitos ocorreu no fim do ano passado, quando o Departamento de Justiça dos Estados Unidos revelou que a construtora tinha admitido que pagou 788 milhões de dólares em subornos em 12 países de América Latina e África, incluindo Brasil, Angola e Moçambique.
O encontro foi organizado pela Procuradoria-Geral da República do Brasil e nele participaram procuradores de Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México, Panamá, Portugal, Peru, República Dominicana e Venezuela, países nos quais são investigadas as práticas corruptas da construtora.
A reunião aconteceu sob total sigilo, mas no final um comunicado revelou terem sido criadas equipas conjuntas de investigação, bilaterais ou multilaterais, para coordenar os trabalhos no Brasil e nos outros países.
O comunicado também ressalta a importância da recuperação dos activos e da reparação integral dos danos causados pelos actos ilícitos da construtora, incluindo o pagamento de multas, segundo a legislação de cada país.
A actuação do grupo Odebrecht é investigada, sobretudo no financiamento ilegal de campanhas eleitorais, no pagamento de subornos para obter contratos de obras públicas e em operações financeiras irregulares.
A descoberta dos cactos ilícitos ocorreu no fim do ano passado, quando o Departamento de Justiça dos Estados Unidos revelou que a construtora tinha admitido o pagamento de 788 milhões de dólares em subornos em 12 países.