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Juristas angolanos cépticos quanto à revisão constitucional


Presidente angolano, João Lourenço, discursa no 64º aniversário do MPLA, em Luanda, 12 Dezembro 2020
Presidente angolano, João Lourenço, discursa no 64º aniversário do MPLA, em Luanda, 12 Dezembro 2020

Alguns dizem que é apenas um expediente para reforçar o poder de João Lourenço

A Assembleia Nacional de Angola vota na quinta-feira, 18, a proposta de revisão pontual da Constituição proposta pelo MPLA que deve afectar 40 artigos da lei magna.

Juristas ouvidos pela VOA consideram, no entanto, que a revisão da Constituição é um expediente que visa apenas reforçar o poder de João Lourenço.

Juristas cépticos quanto à revisão constitucional – 2:49
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“Não existem suicídios políticos na história política em África”, afirma o jurista Pedro Capracata, quem entende que João Lourenço não está a sugerir uma revisão constitucional que possa pôr em causa o seu poder.

Por seu turno, o jurista Vicente Pongolola afirma que a proposta “obedece a uma estratégia política” e que uma verdadeira revisão “devia buscar consensos tanto da oposição como da sociedade civil”.

Pongolola também defende “uma revisão constitucional abrangente e consensual” que inclua a eleição directa do Presidente da República.

No dia 2 de Março, João Lourenço apresentou uma proposta de “revisão pontual” da Constituição que visa, segundo as suas palavras, adequar a lei magna aos desafios de hoje.

Entre as principais propostas, de 40 artigos da Constituição, estão a marcação de um período fixo para as eleições gerais, que devem acontecer sempre em Agosto, o controlo do Exercutivo pela Assembleia Nacional e o fim do princípio do gradualismo nas eleições autárquicas.

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