A junta governante da Guiné-Conacri concordou em restaurar o governo civil em dois anos, depois de enfrentar sanções sobre o seu plano original para uma transferência de poder de três anos, segundo disse sexta-feira o bloco da África Ocidental, CEDEAO.
Os líderes da África Ocidental tinham suspenso a Guiné do bloco no mês passado e imposto sanções a um certo número de indivíduos na sequência de um golpe militar.
"Num compromisso dinâmico, peritos da CEDEAO e da Guiné desenvolveram conjuntamente um cronograma (calendário) consolidado para uma transição repartida por 24 meses", disse a CEDEAO num relatório após uma missão técnica ao país publicada pela junta sobre os meios de comunicação social.
O líder militar do país, Coronel Mamady Doumbouya, disse num discurso transmitido pela televisão estatal que o calendário entraria em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2023.
Os líderes da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental devem aprovar o calendário antes da sua aplicação oficial, devendo o bloco realizar uma cimeira antes do final do ano.
O bloco tinha dado à junta um mês para apresentar um calendário "razoável e aceitável" para o regresso ao regime civil, um ultimato que teoricamente expira este fim-de-semana.
Os laços diplomáticos entre as duas partes permaneceram e as autoridades guineenses reiteraram a sua disponibilidade para cooperar com a CEDEAO, que tinha enviado a sua missão a Conacri para elaborar um calendário de compromisso.
Junta da Guiné-Conacri concorda com regresso à governação civil dentro de 2 anos
- AFP
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