O julgamento do conhecido “caso IURD”, em que são arguidos dirigentes da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola, será retomado a 9 de Dezembro.
Os cinco réus são acusados dos crimes de associação criminosa e branqueamento de capitais.
O Ministério Público vai começar por interrogar o réu Honorilton Gonçalves, que era no altura dos factos o responsável espiritual da IURD em Angola.
O ministro da Justiça e Direitos Humanos, Francisco Queiroz, disse à imprensa pública que Angola respeita a liberdade religiosa, mas que o Estado intervém quando há indícios de crime, como terá acontecido com a IURD.
Entretanto, o advogado dos acusados, que negou a identificar-se e proibiu a citação do seu nome em qualquer artigo, contestou a acusação, afirmando “não existir matéria de factos para imputação dos crimes em causa”, segundo áudio divulgado na página da organização no YouTube.
Além de Honorilton Gonçalves, são arguidos no processo o bispo angolano António Ferraz, o pastor brasileiro Fernando Teixeira e o angolano Belo Kifua, bem como o pastor brasileiro Rodrigo do Carmo, expulso do país pelas autoridades angolanas.
O julgamento começou a 18 de Outubro no Tribunal Provincial de Luanda e no primeiro dia for marcado por uma tentativa de agressão do advogado da parte acusadora, David Mendes, Honorilton Gonçalves.
"Ele teve sorte de fugir porque senão eu lhe dava uma bofetada", confirmou aos jornalistas, na altura, Mendes, que é também deputado da UNITA, e acusou o bispo de o ter chamado “criminoso”.