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Juiz do Supremo Tribunal da Justiça anula condenações de Lula da Silva na Operação Lava Jato


Lula da Silva (Foto de Arquivo)
Lula da Silva (Foto de Arquivo)

Antigo Presidente brasileiro pode vir a ser julgado pelo tribunal de Brasília, mas por agora volta a ser elegível

O antigo Presidente brasileiro Lula da Silva viu anuladas todas as sentenças da Justiça Federal no Paraná relacionadas às investigações da Operação Lava Jato, depois de o juiz do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, ter considerado que a instância judiciual é incompetente para julgar os casos.

Ao decidir sobre o pedido de habeas corpus da defesa de Lula apresentado em Novembro do ano passado, Fachin declarou a incompetência da Justiça Federal do Paraná nos casos do apartamento do Guarujá, da fazenda em Atibaia e as doações ao Instituto Lula.

A 13ª Vara Federal de Curitiba, cujo juiz era Sergio Moro, não era o "juiz natural" dos casos, segundo a decisão que permite a Lula da Silvarecuperar os direitos políticos e ser elegível outra vez.

A decisão, no entanto, tem carácter processual em virtude do juiz ter analisado o mérito das condenações.

"Embora a questão da competência já tenha sido suscitada indirectamente, é a primeira vez que o argumento reúne condições processuais de ser examinado, diante do aprofundamento e aperfeiçoamento da matéria pelo Supremo Tribunal Federal", diz nota divulgada pelo gabinete do juiz nesta segunda-feira, 8.

No imediato, os processos serão analisados pela Justiça Federal do Distrito Federal, à qual caberá dizer se os actos realizados nos três processos podem ou não ser validados e reaproveitados.

As reacções dos políticos não se fizeram esperar, com posições bem díspares.

O presidente da Câmara dos Deputados e aliado do Presidente Jair Bolsonaro, Arthur Lira, disse que a “maior dúvida é se a decisão monocrática foi para absolver Lula ou Moro. Lula pode até merecer. Moro, jamais!"

A deputada e presidente do PT, partido de Lula da Silva, disse estar à espera da análise jurídica da decisão do ministro Fachin, que reconheceu com cinco anos de atraso, que Sergio Moro nunca poderia ter julgado Lula".

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