Um juiz do Supremo Tribunal do Reino Unido confirmou o desbloqueamento de três mil milhões de dólares que a empresa Quantum Global geria em representação do Fundo Soberano de Angola (FSDEA).
Os fundos tinham sido congelados por um tribunal inglês de primeira instância em Abril a pedido do Governo angolano, depois que o FSDEA deu por findo o contrato com a empresa do suíco-angolano, Jean-Claude Bastos de Morais.
Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, 16, a empresa revela que, além de libertar integralmente a ordem mundial de congelamento, o juiz critica “os fundamentos apresentados pelos consultores jurídicos do FSDEA neste processo”.
Quantum Global acusa Governo angolano de inventar conspiração e fraude
"A Quantum Global vai concentrar-se agora em resolver problemas nas Ilhas Maurícias e na Suíça, onde o congelamento pelas autoridades das contas bancárias da empresa e a suspensão de sua licença comercial prejudicaram gravemente os negócios da empresa", diz a empresa na nota, na qual revela que as acções movidas pelas autoridades das Maurícias "impediram a Quantum Global de administrar os seus investimentos em África e pagar à sua equipa por cinco meses".
A Quantum Global geria fundos de investimentos do FSDEA durante a anterior gestão de José Filomeno dos Santos à frente do Fundo, apontado como sócio de Bastos de Morais.
Bastos de Morais suspeito de "corrupção, desvio de fundos e lavagem de dinheiro"
Neste momento, tanto o filho do antigo Presidente angolano como o empresário suíço-angolano estão a ser investigados pela Procuradoria-Geral da República num caso que envolve a gestão de Santos à frente de FSDEA.
Ambos estão impedidos de deixar Angola.