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Juízes apoderaram-se ilegalmente de propriedades, diz Ministério da Habitação


O presidente da Associação dos Juízes de Angola disse que o Conselho Superior da Magistratura tem que esclarecer a controvérsia gerada em redor da alegada ocupação ilegal de edifícios na Vida Pacífica no Zango, por parte de vários juízes.

Juízes acusados de se apoderarem de bens recuperados pelo esado angolano – 3:06
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No âmbito do combate à corrupção o Executivo decretou recentemente que os órgãos da administração da Justiça, nomeadamente a Procuradoria-Geral da República (PGR) e os tribunais, ficam com 10 por cento do valor líquido de cada activo financeiro e não financeiro recuperado a favor do Estado.

O Ministério da Habitação denunciou na semana passada a ocupação ilegal de apartamentos por juízes angolanos, afirmando que estes não cumpriram com os trâmites legais, previstos pelo INH – Instituto Nacional de Habitação de Angola.

O presidente da Associação dos Juízes de Angola, Esmael Silva, atribui ao Conselho Superior da Magistratura a competência de esclarecer o sucedido.

“Quem lhe pode dar informação é o pessoal do Conselho Superior da Magistratura, porque nós os magistrados também estamos a ter dificuldades de conseguir informação sobre o que se terá passado” disse.

Acrescentou no entanto que não é normal que os magistrados invadam imóveis: “Isso não pode ser normal”, disse.

Para o jurista Albano Pedro, os bens a serem repartidos pelos juízes ou procuradores quando recuperados são aqueles que já não se encontram em fase de julgamento, avisando que caso contrário está-se perante “uma situação e delapidação do erário ou de bens de natureza privada”.

Pedro disse que “a realização da justiça não é monopólio dos juízes por isso é que os juizes também podem ser responsabilizados”.

“A lei prevê que os juízes podem ser responsabilizados no exercício das suas funções, isso no artigo 75 da Constituição”, disse.

A VOA tentou o contacto com o Conselho Superior da Magistratura, mas sem sucesso.

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