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João Lourenço medeia crise entre Kinshassa e Kigali e consegue a libertação de dois soldados do Ruanda


Félix Tshisekedi, Presidente da República Democrática do Congo (esq), e João Lourenço, Presidente de Angola, Luanda, 31 Maio 2022
Félix Tshisekedi, Presidente da República Democrática do Congo (esq), e João Lourenço, Presidente de Angola, Luanda, 31 Maio 2022

Presidente angolano prepara cimeira entre Félix Tshisekedi e Paul Kagame para reduzir a tensão entre os dois países

Dois soldados ruandeses capturados na República Democrática do Congo (RDC) podem ser libertados nos próximos dias, graças à intervenção do Presidente angolano que nesta terça-feira, 31, recebeu em Luanda o seu homólogo da RDC, Félix Tshisekedi, e falou em videoconferência com o Chefe de Estado ruandês, Paul Kagame.

O anúncio foi feito pela Presidência angolana num comunicado em que refere que a acção de João Lourenço de mediar o crescente conflito entre Kinshassa e Kigali responde ao mandato que recebeu na Cimeira de Chefes de Estado e de Governo africanos, realizada na semana passada em Malabo, Guiné Equatorial.

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"Félix Antoine Tshisekedi, Presidente da República Democrática do Congo, a pedido do seu homólogo angolano, aceitou libertar dois soldados ruandeses capturados recentemente em território da RDC", lê-se no comunicado, que ainda refere que nos encontros mantidos “foram discutidos vários aspectos que podem contribuir para a resolução pacífica do diferendo entre os dois países”.

A libertação dos dois militares do Ruanda, que a RDC acusa o exército de apoiar a milícia M23 que actua no país, “visa contribuir para a redução da tensão que paira na relação entre os dois países referidos”.

Ainda segundo a Presidência angolana, nos próximos dias deve ser realizada uma cimeira entre Tshisekedi e Kagame, que vai "cuidar de todos os aspectos que possam ajudar, de forma consistente, a promover o desanuviamento da tensão actualmente reinante na fronteira entre os dois países e contribuir assim para o reforço da paz na sub-região".

O Governo de Kinshassa tem acusado o Ruanda de apoiar o movimento rebelde M23 que, segundo a RDC, tem desestabilizado ainda mais o país em guerra entre vários grupos que procuram controlar as ricas minas do país.

No sábado, 28, o Ruanda anunciou que dois soldados seus estavam a ser mantidos em cativeiro após terem sido raptados na RDC.

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