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João Lourenço alerta para quem quer chegar ao poder "por meios inconstitucionais"


Presidente da Angola João Lourenço durante uma conferência de imprensa no palácio presidencial da Casa Rosada, no âmbito da visita do Presidente da França Emmanuel Macron, em Luanda, a 3 de Março de 2023.
Presidente da Angola João Lourenço durante uma conferência de imprensa no palácio presidencial da Casa Rosada, no âmbito da visita do Presidente da França Emmanuel Macron, em Luanda, a 3 de Março de 2023.

Ao discursar na cerimónia de 15 anos do Tribunal Constitucional, o Presidente angolano disse que "estamos atentos e vigilantes para não se deixar ruir esta obra que muito nos orgulha, a da construção do estado democrático e de Direito".

O Presidente angolano alertou que as autoridades estão atentas a qualquer tentativa de se chegar ao poder por meios inconstitucionais, na véspera de novos protestos previstos para amanhã, 17.

Ao discursar nesta sexta-feira, 16, nas comemorações dos 15 anos do Tribunal de Contas, João Lourenço, sem citar a UNITA, disse haver “quem nunca reconheceu os resultados eleitorais, mostrando que não respeita a vontade soberana do povo expressa nas urnas".

Também sem se referir às manifestações, o Chefe de Estado avisou que “as instituições do Estado e a sociedade civil patriota, comprometida com a democracia, deixam uma mensagem clara a quem procure chegar ao poder por caminhos impróprios, por meios inconstitucionais”.

“Estamos atentos e vigilantes para não se deixar ruir esta obra que muito nos orgulha, a da construção do estado democrático e de Direito", sublinhou Lourenço, quem, noutra parte da sua intervenção, disse que “somos testemunhas de situações destas, onde o assalto ao poder se consubstanciou no assalto efectivo dos centros de poder Executivo nuns casos, e legislativo noutros”.

Entretanto, o Presidente sublinhou que foram “felizmente neutralizados para o bem da sobrevivência da democracia".

Ao enfocar-se no respeito pela lei e pelas instituições, João Lourenço disse que esse respeito é “a base da construção de um Estado Democrático de Direito” e, apontou que "a suspeição permanente e infundada mina a credibilidade das instituições e atrasa o processo de consolidação da democracia".

Ao se dirigir às instituições da justiça, Lourenço exortou-os a "continuarem a ser instituições de prestígio", porque uma justiça "forte, célere e justa capaz de assumir o seu papel com independência e imparcialidade".

O Chefe de Estado disse que o respeito das decisões dos tribunais é importante para manter a estabilidade e a segurança jurídicas, evitando conflitos e garantindo a coexistência pacífica entre os cidadãos e as instituições.

"Tal não significa que as decisões dos tribunais sejam inquestionáveis ou inalteráveis, porquanto o sistema jurídico prevê os competentes mecanismos de recurso que podem ser accionados por quem eventualmente entenda estar a ser injustiçado", concluiu o Presidente.

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