No Tribunal Provincial de Luanda prosseguiu nesta quinta-feira, 19, pelo quarto dia consecutivo, o julgamento dos seis jovens acusados de organização terrorista e de juramento de "fidelidade e obediência" ao grupo extremista Estado Islâmico.
Até ao momento já foram ouvidos três dos seis arguidos, tendo todos eles negado as acusações do Ministério Público.
O advogado dos acusados, Sebastião Assureira, disse à VOA que, durante as audiências, os réus denunciaram que as declarações do primeiro interrogatório tinham sido assinadas sob coação dos operativos da investigação criminal.
O advogado manifestou a esperança de que, no final das audiências, o Ministério Público venham mudar de opinião relativamenteas a acusações de que os réus pretendiam divulgar o islamismo nas ruas, usando a siga “Islamya Angola” e nas redes sociais com “matérias e temas de cariz radical entre os seus membros".
Trata-se do primeiro julgamento em Angola envolvendo cidadãos nacionais acusados de terrorismo.