A Guiné-Bissau ocupa a 13ª posição de um ranking com os 30 países mais pobres do mundo, de acordo com um estudo feito pela Global Finance Magazine publicado no mês de fevereiro deste ano com base em dados do Fundo Monetário Internacional.
Esse país, onde nenhum presidente terminou o mandato desde a independência reconhecida por Portugal em setembro de 1974, passa por uma crise política desde 12 agosto de 2015, quando o Presidente José Mário Vaz demitiu o primeiro-ministro Domingos Simões Pereira.
“A situação que se passa na Guiné-Bissau é muito preocupante,” diz o jovem Amadu Buaro, de 27 anos, que sente na pele o que é viver num país onde não há geração de empregos nem oportunidades.
Buaro estava a estudar administração em uma escola secundária na capital, Bissau, mas devido às dificuldades financeiras que ele enfrenta teve que interromper as aulas este ano.
O jovem critica a fraqueza dos líderes políticos do país, que não conseguem encontrar uma solução para que a Guiné-Bissau volte à normalidade.
Sobre a falta de oportunidades, Buaro informa que há muitos jovens desempregados e que não há como ingressarem em uma universidade, pois não existe maneira de financiar os estudos.
Amadu Buaro conhece diversos jovens que abandonaram o país em busca de uma vida melhor. No entanto, lembra que nem todos conseguiram chegar aonde queriam. “Há vários guineenses que estão a sofrer na Líbia,” acrescenta.
Buaro tem um pedido a fazer aos líderes do seu país. Quer que o diálogo seja reestabelecido e os problemas sejam resolvidos o mais rápido possível.
Confira a entrevista na íntegra.