A sociedade civil lamenta a forma como o legado de José Eduardo dos
Santos está ser desvalorizado. Para fala sobre o assunto, ouvimos os
jornalistas Armindo Laureano e André Mussamo e o Padre Celestino
Epalanga.
A postura dos órgãos nacionais de comunicação social no acompanhamento do estado clinico do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, está a ser duramente criticada e apontada como sendo um gesto de pura traição e uma conduta que reflete o percurso histórico de alguns desses mesmos órgãos.
No decurso do seu longínquo mandato, José Eduardo dos Santos, foi exaltado pelos militantes do seu partido e pela comunicação social pública, com vários adjetivos que enaltecem o seu estatuto de líder incontestável.
Alguns membros da sociedade civil consideram bastante desumano e
tremenda ingratidão a forma como o antigo Presidente está sendo espezinhado pelos seus antigos companheiros, maioria dos quais
beneficiam de várias oportunidades.
O agravar do estado clínico do antigo Presidente levanta outro debate sobre o seu papel na história do país, cujo legado tem sido praticamente ignorado, quer pelo seu partido assim como por outras entidades singulares e colectivas.
A elite política do país está remetida ao silêncio e sem reação quanto ao destino irreversível de José Eduardo dos Santos.
O jornalista Armindo Laureano reconhece que, em relação ao estado clínico do antigo Presidente, há um direito de informação que deve ser salvaguardado ao mesmo tempo que há um dever de informação, em torno do interesse público.
O também director do Novo Jornal afirma que o país assiste a uma reacção dos órgãos de comunicação social, principalmente públicos, com
base nas acções do Presidente João Lourenço.