O antigo presidente do Fundo Soberano de Angola, José Filomeno dos Santos, constituído arguido pela Procuradoria-Geral da República (PGR) num caso de uma transferência supostamente ilegal para um banco em Londres, disse estar a cooperar com a justiça.
Outros arguidos dizem também estar a colaborar com as investigações.
O filho do antigo Presidente angolano José Eduardo dos Santos revelou em comunicado nesta terça-feira, 27, que tomou a iniciativa de contactar voluntariamente a PGR entre o dias 27 de Fevereiro e 5 de Março para ajudar a descobrir a verdade, tendo sido constituído arguido a 6 de Março.
"Depois do interrogatório não lhe foi aplicada, tampouco notificado de nenhuma medida de coação. Volvidos vinte dias desde o interrogatório tomou conhecimento sobre as medidas de coação através da comunicação social ontem, 26 de Março", escreve José Filomeno de Sousa dos Santos.
Na nota revelou ter-se deslocado hoje, 27, à PGR, onde assinou o Termo de Identidade e Residência e entregou os passaportes, reiterando que "mantém total disponibilidade de continuar a cooperar com a Procuradoria Geral da República para a resolução plena e satisfatória deste processo, como de resto tem vindo a suceder desde o dia 27 de Fevereiro".
Belarmino Van-Dúnem critica PGR
Outro processo revelado pela PGR tem a ver com um suposto caso de burla em que foram constituídos arguidos, segundo o sul-procurador geral Luís Benza Zanga, o actual chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), general de Exército Geraldo Sachipengo Nunda, o antigo responsável da Unidade Técnica para o Investimento privado (UTIP) e acutal porta-voz do MPLA, Norberto Garcia, e o antigo director da Agência para a Promoção do Investimento e Exportações de Angola (APIEX), Belarmino Van-Dúnem.
Van-Dúnen disse lamentar a atitude da PGR em expôr o seu nome mesmo estando a colaborar com a justiça.
“Não há nenhum envolvimento da minha parte, mas o que mais admira é que mesmo depois de entregar toda a documentação e estar disponível para colaborar, ainda vem expor o meu nome”, lamentou.
Outro arguido que garante estar a colaborar com a justiça é Norberto Garcia antigo responsável da Unidade Técnica para o Investimento privado (UTIP), e actual porta-voz do MPLA.