O antigo presidente do Fundo Soberano de Angola, José Filomeno dos Santos, está impedido de sair do país, depois de ter sido constituído arguido num caso que envolve a transferência de 500 milhões de dólares do Banco Nacional de Angola para uma sucursal do banco Crédit Suisse no Reino Unido.
A informação foi revelada em conferência de imprensa nesta segunda-feira, 26, pelo sub-procurador geral da República, Luís Benza Zanga, juntamente com o responsável da Direção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP)
Além do filho do antigo Presidente José Eduardo dos Santos, foram constituídos arguidos também o Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas Angolanas, general Sachipengo Nunda e o porta-voz do MPLA, Norberto Garcia, num processo-crime que envolve a tentativa de burla ao Estado, através de uma rede de burlões ligada a uma suposta empresa tailandesa destinada a projectos no país, avaliados em 50 mil milhões de dólares.
O caso de José Filomeno dos Santos refere-se a uma transferência supostamente irregular de 500 milhões dólares do Banco Nacional de Angola para a sucursal britânica Crédit Suisse.
O antigo governador do BNA Valter Filipe também foi constituído arguido.
Por seu lado, o Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas Angolanas, general Sachipengo Nunda, e o porta-voz do MPLA, Norberto Garcia, são arguidos no caso conhecido de cidadãos tailandeses que terão prometido um financiamento de 50 mil milhões de dólares para apoiar projectos.
Na altura, o actual porta-voz do MPLA , Norberto Garcia, chegou a assinar um memorando de intenções com o grupo, na qualidade de director da Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP) de Angola.
(Em actualização)