O até agora presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau, José Pedro Sambú, foi eleito nesta sexta-feira, 10, presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
Ele foi o único candidato ao cargo, depois das desistências dos juízes conselheiros Osíris Francisco Pina Ferreira e Zuca Nancassa, que alegaram irregularidades no processo, nomeadamente a decisão do vice-presidente do órgão, Lima António André, de demitir a antiga comissão eleitoral criada para o efeito e que tinha indeferido a candidatura de José Pedro Sambú ao cargo, alegando que não preenchia os requisitos para a candidatura.
O novo presidente, que sucede ao falecido Saido Baldé, foi eleito com 8 votos, número igual dos votantes, entre 12 juízes conselheiros.
Em declarações aos jornalistas, Sambú disse que os os desafios são enormes.
"O vice-presidente iniciou reformas com reestruturações no Supremo Tribunal de Justiça e nós vamos continuar a nível do Tribunal de Relações, na primeira Instância, no Tribunal do Sector, vamos redimensioná-los, con vista a resolvermos, no entanto, problemas de aproximação entre a justiça e o povo", disse o novo presidente do STJ.
O órgão, recorde-se, esteve no centro do conflito jurídico e político que se seguir à eleição presidencial de 2019, da qual saiu vencedor Úmaro Sissoco Embaló, depois da CNE, liderada por Sambú, ter a declarado a sua vitória, embora o STJ não tenha decidido o último recurso de Domingos Simões Pereira, apoiado pelo PAIGC.