Organizações moçambicanas de proteção da liberdade de imprensa dizem que os políticos têm cada vez mais a tendência de violar os direitos de jornalistas em todos os processos eleitoral.
O último exemplo disso ocorreu, no último fim-de-semana, em Angoche, na província de Nampula, em que a edil, Dalila Ussene, é acusada de ter mandado agredir e confiscar material de trabalho de jornalistas da Rádio Comunitária Parapato, no arranque da campanha eleitoral.
“O caso específico da Rádio Parapato mostra que há um interesse de silenciar as rádios comunitárias, porque tornou-se comum a intimidação de jornalistas”, diz Naldo Chivite, oficial de programas no Fórum das Rádio Comunitárias (Forcom).
Chivite diz que “os órgãos eleitorais e partidos políticos falam sempre de processos democráticos, mas são eles que violam os direitos humanos dos jornalistas, então não estamos em processos democráticos”.
“Há uma nuvem de desconfiança (...) os partidos da oposição acabam pensando que o jornalista está para espiar e não podemos deixar de aventar que o partido no poder pensa na mesma perspectiva”, diz Aunício da Silva, presidente do núcleo provincial do Misa-Moçambique em Nampula.
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