O Comité de Emergência para a Protecção das Liberdades de Moçambique pediu respostas dos órgãos judiciais contra os “atentados à liberdade de expressão” registados nos últimos anos no país.
O pedido foi feito nesta segunda-feira, 16, à Procuradora-Geral da República (PGR) num encontro entre Beatriz Buchili e aquele comité integrado por jornalistas moçambicanos.
"Aquilo de que nós precisamos e a sociedade moçambicana também é de acções concretas, para que todas as diferentes jurisdições estejam empenhadas em clarificar estes crimes", disse à imprensa Fernando Lima, porta-voz do comité, após o encontro.
De acordo com Lima, Buchili mostrou-se receptiva às preocupações manifestadas pelo grupo e garantiu que as autoridades judiciais estão empenhadas na resolução dos casos de ataque às liberdades de imprensa e de expressão.
"A reacção foi muito boa, mas aquilo que é relevante não são as palavras, as intenções, mas aquilo que vai aconteceu em termos de investigação", sublinhou o porta-voz que destacou a necessidade de uma “acção enérgica contra os criminosos, para que a sociedade fique calma e com mais confiança nos órgãos judiciais”.
O pedido do Comité de Emergência para a Protecção das Liberdades surge depois do ataque e agressão ao jornalista e comentador Ericino de Salema a 27 de Março.
Entretanto, nos últimos anos, vários têm sido os críticos do Governo e da Frelimo assassinados ou raptados sem que as autoridades policiais e judiciais tenham responsabilizado os seus autores materiais e morais.