Jornalistas das estações Muniga (por interne) e Sucesso, na província moçambicana de Nampula, acusam a polícia de espancamento e de ofensas, quanto tentavam esclarecer uma denúncia da organização Mentes Resilientes, segundo a qual agentes teriam usado da violência contra vendedores ambulantes.
A polícia municipal refuta as acusações e diz que ninguém apresentou provas de violência.
“Quando chegamos nos apresentamos na sala de permanência e informamos quem éramos e os objectivos pelos quais estávamos ali, e os agentes nos mandaram esperar”, começou por contar o jornalista Faizal Abudo, da Muniga, que, segundo acrescentou, depois dos detidos terem sido libertados, os profissionais foram agredidos no momento em que faziam as entrevistas.
“Eu levei um soco”, contou Abudo, denunciando que a câmara dele foi retida e a motorizada roubada.
Entretanto, o comandante da Polícia Municipal disse que o que aconteceu foi um incidente que iniciou com três jovens retidos porque “filmavam a acção da polícia municipal contra os vendedores ambulantes que estão a ser retirados na rua”.
António Maneque acrescentou que os jornalistas, “romperam com as regras da instituição e começaram a filmar” e disse “que houve uma situação desagradável”.
Ele reconheceu que “alguns agentes agiram de forma involuntária devido à agitação registada”, mas nega que os jornalistas tenham sido agredidos “porque não apresentaram sinais”.
O Misa Moçambique, Delegação de Nampula, condenou a situação e lamentou o uso excessivo da força pela polícia municipal.