Os profissionais dos três órgãos estatais da comunicação social, Rádio Nacional, Televisão São-tomense e STP-Press, decidiram dar um ultimato ao Governo após um encontro com representantes do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social e da Associação dos Jornalistas.
O presidente do sindicato da classe, Hélder Bexigas, diz estar cansado de promessas que nunca mais se concretizam.
Há seis anos que os jornalistas e técnicos da comunicação social de São Tomé e Príncipe exigem a implementação do estatuto de carreira, com vista à melhoria da sua situação salarial, mas sem qualquer resposta.
“É a última vez que vamos abordar esta questão com o Governo, se o estatuto de carreira não começar a ser implementado entraremos em greve”, garante Hélder Bexigas, acrescentando que o pré-aviso de greve dependerá da resposta do Governo, após a entrega da carta com as reivindicações dos profissionais.
Face à ameaça de greve nos três órgãos estatais da comunicação social, o presidente da Associação dos Jornalistas, Juvenal Rodrigues, considera justas as reivindicações da classe, mas distancia-se da decisão do sindicato.
“O estatuto da associação não nos permite entrar em conflitos entre a classe e o Governo, mas estamos solidários com as reivindicações dos jornalistas e técnicos dos órgãos estatais”, afirma Juvenal Rodrigues.
O Governo ainda não se pronunciou.