Os jornalistas cabo-verdianos vão às urnas no domingo, 29, para eleger os novos corpos directivos da associação sindical da classe,AJOC.
Na corrida, estão o vice-presidente da direcção cessante, Orlando Rodrigues, e Carlos Santos.
Esta eleição está a ser encarada com enorme expectativa, tendo em conta a forte disputa exercida pelos dois candidatos e os respectivos apoiantes, tanto na pré como no período da campanha eleitoral.
Por outro lado, o acto ganha atenção particular no momento em que se colocam grandes desafios à classe, devido a alguns acontecimentos ocorridos ultimamente, com realce para a multa aplicada pela Agência Reguladora da Comunicação Social à Televisão Nacional de Cabo Verde, cuja direcção foi acusada de exercer censura a um jornalista e a tentativa de interferências da Administração nos conteúdos da Agência de Notícias Inforpress e que originou o pedido de demissão da directora de informação, sem esquecer o polémico código de ética e conduta aprovado pela empresa pública de comunicação (RTC).
São sinais que preocupam, por isso Orlando Rodrigues promete continuar a defender os jornalistas em todas as frentes.
Diz que, tal como fez enquanto vice-presidente, deixa expresso o compromisso de ser “um presidente para servir a AJOC e os seus associados”.
Por seu lado,Carlos Santos manifesta total engajamento em prol da dignificação do sindicato e dos jornalistas.
Se ganhar as eleições, promete uma “direcção activa e pronta para responder em tempo útil aos anseios dos associados”.
Entre outras acções,eles prometem a capacitação contínua dos jornalistas como forte aposta durante o mandato.
Tanto a candidatura de Orlando Rodrigues como a de Carlos Santos projectam estabelecer parcerias com universidades nacionais e estrangeiras, visando a realização de formações de curta duração, mestrado e doutoramento, bem como a especialização dos jornalistas em algumas áreas.
Nesse particular, abordam o estabelecimento de acordos com as ordens profissionais e outras estruturas.
Outra questão destacada por Carlos Santos tem a ver com necessidade da criação de um Conselho Deontológico forte, que promova a literacia mediática, para queas pessoas possam perceber quais são as reais funções e o papel dos jornalistas, no sentido de evitar certas confusões feitas sobretudo pelos políticos.