“Jonas Savimbi não está morto porque morrer pela pátria é viver para sempre”, afirmou o presidente da UNITA, no elogio fúnebre que fez ao fundador daquele partido durante o enterro no sábado, 1, em Lopitanga, na província do Bié.
“Dr. Savimbi, viemos aqui para te dizer que a tua e nossa UNITA continua de pé e firme. Hoje, e mais do que nunca, a UNITA é uma frente unida que luta pela pátria e pelo resgate de um novo contrato social”, afirmou Isaias Samakuva, que sucedeu a Savimbi à frente do partido após ter sido assassinado pelo exército em 2002, no Moxico.
Samakuva, que condecorou Jonas Savimbi no acto com a Medalha de Ouro do Galo Negro, a mais alta distinção do partido, lembrou que “quem more pela pátria vive para sempre, quando a pátria sangra, todo o sacrifício é pouco”.
Ele descreveu Savimbi como “um revolucionário, um visionário, um construtor de uma sociedade de paz e de desenvolvimento e unidade nacional”, cujo legado, disse, “ironicamente, é afirmado pelos que estão no poder”.
“Venceste de tal forma que esta luta foi votada agora pelos teus adversários”, realçou Samakuva, que, sem detalhes, reconheceu que o antigo gjuerrilheiro teve “práticas mal cometidas”.
O presidente da UNITA não deixou de realçar a luta de Jonas Savimbi “pela justa causa do povo, pois derrubou o totalitarismo em Angola, o expansionismo russo-cubano no continente e abriu o país à democracia e ao multipartidarismo”.
.A cerimónia contou com a presença de delegações estrangeiras e participantes de vários países e amigos.
Também estiveram presents membros da famìlia de Savimbi, entre eles três filhos, dirigentes da UNITA e da CASA-CE., cidadãos anónimos e jornalistas.
O Governo angolano não se fez representar.