O antigo vice-presidente americano e candidato democrata às eleições presidenciais de 3 de novembro, Joe Biden refutou a acusação de assédio sexual feita por uma antiga assistente dele no Senado, num caso que, segundo ela, terá acontecido há 27 anos.
“Isso nunca aconteceu. Não é verdade”, assegurou Biden em entrevista ao programa “Morning Joe” da cadeia de televisão MSNBC nesta sexta-feira, 1.
Numa declaração antes da entrevista, Biden pediu aos Arquivos Nacionais que divulguem qualquer registo da reclamação que a antiga funcionária diz ter apresentado antes de ter sido afastada do emprego.
“Se houve alguma queixa, o registo estará lá”, sublinhou o candidato democrata.
Biden acrescentou que os documentos pessoais dos seus anos no Senado, que foram doados à Universidade de Delaware e que ainda não foram disponibilizados ao público, não contêm nenhum arquivo pessoal.
"Não há nada para eu esconder", sublinhou o antigo vice-presidente que reiterou desconhecer qualquer queixa contra ele feita por Reade e que não pediu a ninguém para assinar qualquer acordo de não divulgação.
Joe Binde acrescentou que não questiona o motivo de Reade ao fazer a denúncia, mas que desconhece as razões dela.
Tara Reade, ex-assistente de Biden entre 1992 e 1993, quando ele era senador, ampliou, há um mês, as denúncias que fez contra ele no ano passado, junto com outras oito mulheres.
No primeiro relato, em 2019, assim que o antigo vice-presidente decidiu entrar na corrida democrata, Reade contou que ele a tocara nos ombros e no pescoço.
Hoje aos 56 anos, ela revela que Biden a teria empurrado contra uma parede no porão de escritórios do Capitólio, tocando-a inapropriadamente sob a camisa e a saia.
A presidente da Câmara dos Democratas e líder do partido, Nancy Pelosi, disse ontem respeitar as denúncias de Reade, que devem ser ouvidas, mas reiterou acreditar em Joe Biden e que tem todo o seu apoio.