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Joe Biden e Vladimir Putin discutem amanhã situação na fronteira entre Rússia e Ucrânia


Presidente americano Joe Biden (esq) e Presidente russo Vladimir Putin, em Genebra, Suíça, 16 de Junho de 2021
Presidente americano Joe Biden (esq) e Presidente russo Vladimir Putin, em Genebra, Suíça, 16 de Junho de 2021

Conversa confirmada por Kremlin será virtual

O Presidente dos EUA, Joe Biden, e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, devem discutir na terça-feira, 7, numa conversa virtual, as relações entre os dois países e o aumento das tensões ao longo da fronteira russo-ucraniana, onde o aumento de tropas russas é visto pelo Ocidente como um sinal de uma potencial invasão de Moscovo.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que, além da escalada militar russa, Biden e Putin discutirão as relações bilaterais e a implementação dos acordos alcançados na cimeira de Genebra, realizada em Junho.

Após a revelação de Peskov, a secretárioa de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que "certamente será uma oportunidade de discutir nossas sérias preocupações sobre a retórica belicosa, sobre o aumento militar que estamos a presenciar na fronteira com a Ucrânia”.

Na sexta-feira, 3, o Presidente americano disse a repórteres que prepara um conjunto de iniciativas que tornarão "muito, muito difícil" para a Rússia qualquer invasão da Ucrânia.

Biden acrescentou que está a reunir “o que acredito ser o conjunto mais abrangente e significativo de iniciativas para tornar muito, muito difícil para Putin seguir em frente e fazer o que as pessoas temem que ele possa fazer”.

A situação na fronteira oriental da Ucrânia aumentou os temores de que Moscovo esteja a preparar uma invasção ao país vizinho, uma possibilidade que esteve na agenda da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO realizada na semana passada em Riga, Letónia, tendo o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, alertado a Rússia que qualquer escalada da situação teria um preço alto.

Por sua vez, Moscovo admitiu que os EUA e a Ucrânia pretendem lançar a sua própria ofensiva.

Com base em funcionários americanos e documento de informações dos serviços de inteligência a que teve acesso, o jornal Washington Post noticiou na sexta-feira que a Rússia prepara uma ofensiva multifrontal contra a Ucrânia, com até 175 mil soldados.

O Post disse que o documento não confidencial da inteligência dos EUA que obteve contém fotos de satélite e mostra cerca de 70 mil soldados russos em quatro locais perto da fronteira com a Ucrânia.

O Departamento de Defesa dos EUA afirmou estar "profundamente preocupado com as evidências" de que a Rússia planeia "acções agressivas" contra a Ucrânia.

No entanto, o porta-voz, coronel Tony Semelroth, não fez comentários sobre o relatório quando questionado por jornalistas.

“Não entraremos em avaliações de inteligência”, disse Semelroth, que, no entanto, acrescentou “estamos profundamente preocupados com as evidências de que a Rússia fez planos para acções agressivas contra a Ucrânia”.

O ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, revelou que a Rússia reuniu mais de 94 mil soldados perto da fronteira com a Ucrânia, e sugeriu que Moscovo pode estar a preparar uma ofensiva militar em grande escala no final de Janeiro.

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